SOBRE A TERRA
Sei que estou vivo e cresço sobre a terra.
Não porque tenha mais poder,
nem mais saber, nem mais haver.
Como lábio que suplica outro lábio,
como pequena e branca chama
de silêncio,
como sopro obscuro do primeiro crepúsculo,
sei que estou vivo, vivo
sobre o teu peito, sobre os teus flancos,
e cresço para ti.
EUGÉNIO DE ANDRADE
in O Outro Nome da Terra
sexta-feira, novembro 12, 2004
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1 comentário:
Senti-me vivo!
Sei porque sobrevivo
E qual o meu objectivo!
Gostei muito! :-)
bjs
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