Trabalho o poema sobre uma hipótese: o amor
que se despeja no copo da vida, até meio, como se
o pudéssemos beber de um trago. No fundo,
como o vinho turvo, deixa um gosto amargo na
boca. Pergunto onde está a transparência do
vidro, a pureza do líquido inicial, a energia
de quem procura esvaziar a garrafa; e a resposta
são estes cacos que nos cortam as mãos, a mesa
da alma suja de restos, palavras espalhadas
num cansaço de sentidos. Volto, então, à primeira
hipótese. O amor. Mas sem o gastar de uma vez,
esperando que o tempo encha o copo até cima,
para que o possa erguer à luz do teu corpo
e veja, através dele, o teu rosto inteiro.
Nuno Júdice
quarta-feira, novembro 03, 2004
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6 comentários:
Humm!
bjs. :)
Está genial!
Define uma relação de uma forma tão real e "simples"...
A necessidade e importância de "saborear" as coisas...
bjs :-)
Tenho que fazer segunda leitura! :)
as minhas leituras também passam por... Nuno Júdice :)
bjs e bfs
Andam por aí prateleiras de bom gosto! :-)
bjs :-)
e prateleiras de boa música tambem ;)
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